My Own Timelessness...

Havia guardado isto para o dia em que decidisse colocar um ponto final neste mal-amado Life Is Killing Me.

Mas porque hoje me sinto particularmente nostálgico, eis que vos deixo com a minha interpretação pessoal daquela que é, porventura, a música que mais me marcou desde sempre: Timelessness, dos Fear Factory.




O vídeo foi criado por mim há cerca de dois anos, e mais não é que um simples slideshow de imagens retiradas do site deviantart.com, muitas das quais utilizadas também aqui no blog, como ilustração de alguns posts mais antigos.

Esteve (e continua a estar, por uma questão de respeito a todos aqueles que o comentaram e colocaram nos seus favoritos) exclusivamente hospedado no YouTube, mas desde que os gerentes desse luxuoso hotel cibernético se viram na contingência de ceder aos caprichos psicóticos dos grandes papões da indústria musical, fui obrigado a silenciá-lo, "ah e tal, direitos de autor, reclamados por terceiros, bla bla bla..."... (E a mudança para a concorrência foi inevitável.)


Não será este, porventura, o derradeiro post deste blog. No entanto, e como decerto repararam todos os que me acompanham desde sempre, a inspiração há muito que se desvaneceu, pelo que o sentido de continuar a escrever, nestes moldes, é parco, senão inexistente.

Tudo me soa demasiado familiar e repetitivo, as minhas próprias palavras mais não são que os despojos dos dias tristes da minha existência, que amiúde se foram multiplicando e há muito tomaram conta de mim, tapando-me um sol que raramente vi, ou senti.

Facilmente se percebe que o processo de morte associado à vida, que o título deste blog sugere, está muito próximo da sua conclusão.

E enquanto esse dia não chega, resta-me agradecer a todos os que jamais deixaram de fazer notar a sua presença, através de palavras que, de uma forma ou de outra, sempre contribuiram para a tal inspiração que agora me falta, motivando-me a continuar um projecto que sempre teve bastante valor para mim, mas que agora, e cada vez mais, se vai revelando um fardo relativamente pesado: o dever moral de não vos desapontar, associado ao crescente vazio dos meus dedos, é uma mistura explosiva com a qual não posso, nem quero, continuar a brindar-vos.

Dito isto, despeço-me com um até breve que pode muito bem ser um até sempre, dependendo de tantas coisas, que nem vale a pena enumerar...

Au revoir...

4 comentários:

Bruno Fehr disse...

Momentos de falta de inspiração e vontade são comuns, não te deves sentir obrigado a postar, deves sim fazê-lo quando queres.

O YouTube foi comprado, daí a lambidela de cus às grandes empresas, o que vale é que existem imensos domínios do género, o problema é que todos eles querem ser comprados também :)

A Outra! disse...

Porque não abrir outro espaço noutro registo. Fica a ideia. Até breve*

Demian disse...

Bruno Fehr:

É verdade, mas por enquanto o Dailymotion vai dando para as despesas, quando forem também eles sugados pela febre imperialista que assola este tipo de serviços, está tudo perdido.

A Outra!:

Há muito que penso nisso, estou a ganhar paciência para ver se faço qualquer coisa em condições, em moldes ligeiramente diferentes.
Vamos ver, se avança ou não, depende de muita coisa.
Até breve...

Silvia disse...

Eu lembro-me bem dos tempos nostálgicos a que te referes...

Bjo*