Sem Armas ou Barões: Assassinados





Há seis meses que mais um ano, e nada.

Nada de novo, por ali: os mesmo rostos velhos e desprovidos de expressão, espremidos e secos por força da(s) crise(s) e da ausência de felicidade; os mesmos lugares, cada vez mais vazios e também eles envelhecidos pela falta de cuidados, e sorrisos.

Deixamos de sorrir, e quando damos por nós, fazemos parte da mobília: de estatísticas deprimentes, somos o alimento perfeito para tubarões covardes que se aproveitam da fraqueza alheia para encher a pança; somos meros bonecos de trapos, bolorentos e rotos, espezinhados e atirados aos lobos, sem qualquer tipo de pejo.

Mas... Já nem eles nos querem.

Pouco a pouco, expropriam-se de tudo: do dinheiro, da nossa língua, da nossa dignidade...

E nós? Deixa-mo-nos morrer. Deixa-mo-los matar-nos, quais cordeirinhos assustados com medo do papão... "Seja o que deus quiser...", e outras baboseiras que tais.

O povo tem o que merece, e depois queixa-se da sorte. Deixaram-se enredar na podridão de uma teia com várias décadas de construção, e agora vão-se embora... Que remédio!

Cada vez faz mais sentido, o título deste blog... Não falo só por mim. A doença alastrou a níveis impensáveis, seremos enforcados com a corda que deveria servir para nos puxar do buraco, e a esperança de que assim não seja é cada vez mais ténue e distante...

Descansemos, pois, todos em paz. Ámãe. (E ao pai também)...