Into Nothingness - Part II


(Imagem: Link)



Concentração de uma força vital quase extinta, nas palmas de umas mãos já demasiado calejadas pelo bafejar de tumultuosos passados, como que alegra as hostes e permite a formulação de novos sonhos, esquecidos os antigos, digeridos os pretéritos recentes, desprezada novamente a tal lógica que, uma vez mais, e como dantes, não receia enfrentar. Por mais que saiba, de antemão, que a probabilidade de tal atitude o conduzir, de novo, à desgraça, é elevada, a tentação é, para não variar, demasiado irresistível para um espírito tão irrequieto como o seu.

Era esta a solução que imaginavam, depois das reticências no final do anterior texto? Ahh... Como sois bondosos... Não dizeis nada a ninguém, mas o espírito da personagem é demasiado preguiçoso para conseguir acordar e colocar em prática os melhores sonhos que povoaram à noite a sua mente! Já dos piores, não se pode dizer o mesmo... Eles fazem questão de ganhar vida própria, e de se lhe apresentarem à frente com o maior dos descaramentos, como quem diz, "não te esqueças de nós!"...

A necessidade de veneno a correr-lhe nas veias, é apenas comparável à insaciável fome de pequenos prazeres que apresenta, na forma de uma crónica apenas escrita na sua mente, pintada de branco num hipócrita disfarce para quem nele quiser acreditar, de coração mais negro que a perpétua escuridão que assola os seus dias. São apenas letras, aos molhos, cuidadosamente seleccionadas e para aqui atiradas, em forma de pequenos parágrafos que se espalham pelos posts deste blog como que de uma qualquer doença contagiosa, potencialmente fatal, se tratasse.

E vocês nunca desistem, voltam sempre para ler mais um capítulo de uma história cujo final estão longe de imaginar. Eu próprio tenho sérias dúvidas acerca do mesmo... Mas por cá continuarei. Até ver...

I hope that when the world comes to an end, I can breathe a sigh of relief, because there will be so much to look forward to... [Do filme Donnie Darko]

[The End]

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