I Hope...

(Imagem: Link)


Com o findar de mais um ano, para mim tão igual a tantos outros que mal consigo distingui-los, é inevitável que reflictamos um pouco, independentemente do simbolismo que atribuamos ou não, a uma rotina que pouco mais significa que um virar de página do calendário.

Qual a minha reflexão, no dia de hoje?

Jamais seremos capazes de encontrar respostas para determinadas dúvidas que surgem ao longo desta nossa fugaz passagem pela existência física, quiçá, a única que algum dia conheceremos.

Sempre achei que residia apenas nas minhas mãos, a responsabilidade pela realização ou não, de todos os sonhos que um dia ousei ter...
Hoje troço de mim próprio... "Como eras inocente, rapaz..."
Afinal, estava redondamente enganado.

Para o novo ano, que para mim será de mudanças drásticas (para o bem ou para o mal), apenas espero, menos sofrimento, e um pouco da paz que há muito não tenho, da paz que desejo há tanto tempo que mal me lembro do que ela significa, a paz, a paz...

Um grande 2009 para todos vocês, são os desejos sinceros deste louco desinspirado que há mais de dois anos teima em continuar a massacrar-vos com os seus devaneios.

Até sempre...

Children Of The Damned





Peço desculpa pelos problemas que os leitores que utilizem browsers como o Firefox, o Opera ou Google Chrome, estão a sentir na visualização deste blog. Parece existir um conflito qualquer com o HTML do template, ao qual sou completamente alheio. Estou a desenvolver esforços no sentido de resolver a questão, solução essa que em última análise passará pela substituição do modelo actual, no entanto, preferia não ter de o fazer para já, pois fui eu próprio que o modifiquei a partir de um base do blogger, e detestaria ver desperdiçadas todas as horas de trabalho nele investidas.
Espero que entendam, e quem tiver o Internet Explorer (que vem instalado por defeito nos sistemas operativos Windows da Microsoft) faça o favor de abrir lá este endereço, pois ao que parece, é o único a não apresentar quaisquer problemas na visualização de todo o conteúdo do blog.
Obrigado

To The (un)Known Girl


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Momentos de pura magia que nos desligam por completo, de insossas e sofríveis realidades, como que melodiosas execuções musicais num simples piano, pelas mãos do seu mestre, fazedor de sonhos, intérprete de utópicas composições por vezes tão perdidas no tempo, que é preciso quase um milagre para que nos apercebamos da sua imensidão.

Eras assim. Beleza no seu estado puro, a aurora imaculada dos meus dias mais felizes, ou o ocaso no oceano dos mais ardentes desejos de uma noite inesquecível.
Todos os dias eu me deitava, e sonhava com o momento em que os nossos corações haveriam de tocar-se, quando unidos pelo mais desejado de todos os abraços, no augurado momento de um encontro que jamais aconteceu.

Soube-o desde sempre. Idiota, aquele que nasceu para tostão, e aspira um dia chegar a milhão. Mas eu quis sê-lo. Quis acreditar novamente, contra tudo e contra todas as probabilidades, e o final, previsível, efémero, antes ainda do previsto. Por mim, claro. Do outro lado, tudo parecia calculado ao milímetro, como não poderia deixar de ser.

Cansado... De um mundo virtual que mais não tem proporcionado senão desilusões. De uma vida agonizante que parece não ter fim, de um espírito aprisionado dentro de um corpo, de um local e de um mundo que para ele não foram feitos, e que dele mais não obterão senão a perpétua rejeição, consciente que estou da proximidade de um final cada vez menos distante, ansioso pela doce libertação que desejo mais do que a qualquer outra coisa, desde que me conheço.

When I pass, speak freely of my shortcomings and my flaws. Learn from them, for I'll have no ego to injure. [Aaron McGruder]

...

Abri os olhos e já lá não estavas.
A cama pareceu-me maior que nunca, cheia de um gelado vazio, no lugar que por ti antes fora aquecido.

O coração agita-se e parece querer saltar fora do peito.

"A pressão do sangue nas artérias é tão alta que há-de matar-te, rapaz."

Pouco me importa. Se da maior liberdade me privas, liberta-me ao menos do peso tremendo de uma vida em constante desnorte. Não deixes que me leve por fim, a loucura que espreita por baixo da porta, furiosa, desejosa de me tomar nos seus braços e sugar o que de mim resta, alimentando-se por fim, depois de tanto esperar.

Eu não sou a alvorada que consola de manhã os vossos corações tumultuosos.
Sou, o perpétuo trovão que vos assusta e queima, nas noites frias das vossas inquietudes.

A mais não aspiro. Mais não me exijam. Tende piedade de mim.

aMéN.

Amen



Cover de uma grande música dos tempos em que os Blind Zero eram uma das melhores bandas Grunge do mundo, feito por um fã, e cujo resultado final é, a meu ver, excelente.

Biding Our Times

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Faltam palavras. Palavras capazes de descrever o indescritível, de fazer jus ao que se julga sentir, capazes de alimentar os vossos olhos: ávidos de explicações coerentes, temerosos pela expectativa de um mau augúrio, mas esperançosos num desfecho menos cruel que o habitual, só para variar.

Mas o que estou para aqui a dizer? Chamem-me louco, uma vez mais. Já perdestes certamente a conta, à quantidade de “historiazinhas” que aqui vos contei. Sabei-las surreais, pois pensais: quem, no seu perfeito juízo, é capaz de tão grandes mudanças, em espaços de tempo tão diminutos?

Gravepisser, mas quem diabos escolheria tal idiotice para nickname? Life Is Killing Me??? Mas a que brilhante conclusão chegou este tipo, é preciso ser um iluminado para descobrir tal coisa, a vida mata, as vivências matam e ninguém fica cá para semente. Ninguém fica cá para contar a história…

… E é por isso que este blog existe. Porque, ao contrário do seu autor, ele cá ficará para contar a(s) história(s), reais ou fictícias, como queiram: importante é que elas existam.

Gostem ou não, Gravepisser por cá continuará, por tempo indeterminado: até que a morte, ou a falta de inspiração, nos separem para sempre.

E para ti que lês isto: gosto da tua história, e não tenho segundas intenções. Só para que fique publicamente esclarecido, ainda que tal não fosse, obviamente, necessário. A música é para ti, por nenhum motivo em especial. Apenas e só, porque me apetece.


P.S.: Desculpem lá a atipicidade do post. Foi só para descomprimir. Espero voltar aos maus velhos tempos muito em breve. ;)



Into Nothingness - Part II


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Concentração de uma força vital quase extinta, nas palmas de umas mãos já demasiado calejadas pelo bafejar de tumultuosos passados, como que alegra as hostes e permite a formulação de novos sonhos, esquecidos os antigos, digeridos os pretéritos recentes, desprezada novamente a tal lógica que, uma vez mais, e como dantes, não receia enfrentar. Por mais que saiba, de antemão, que a probabilidade de tal atitude o conduzir, de novo, à desgraça, é elevada, a tentação é, para não variar, demasiado irresistível para um espírito tão irrequieto como o seu.

Era esta a solução que imaginavam, depois das reticências no final do anterior texto? Ahh... Como sois bondosos... Não dizeis nada a ninguém, mas o espírito da personagem é demasiado preguiçoso para conseguir acordar e colocar em prática os melhores sonhos que povoaram à noite a sua mente! Já dos piores, não se pode dizer o mesmo... Eles fazem questão de ganhar vida própria, e de se lhe apresentarem à frente com o maior dos descaramentos, como quem diz, "não te esqueças de nós!"...

A necessidade de veneno a correr-lhe nas veias, é apenas comparável à insaciável fome de pequenos prazeres que apresenta, na forma de uma crónica apenas escrita na sua mente, pintada de branco num hipócrita disfarce para quem nele quiser acreditar, de coração mais negro que a perpétua escuridão que assola os seus dias. São apenas letras, aos molhos, cuidadosamente seleccionadas e para aqui atiradas, em forma de pequenos parágrafos que se espalham pelos posts deste blog como que de uma qualquer doença contagiosa, potencialmente fatal, se tratasse.

E vocês nunca desistem, voltam sempre para ler mais um capítulo de uma história cujo final estão longe de imaginar. Eu próprio tenho sérias dúvidas acerca do mesmo... Mas por cá continuarei. Até ver...

I hope that when the world comes to an end, I can breathe a sigh of relief, because there will be so much to look forward to... [Do filme Donnie Darko]

[The End]