Hetero-Avaliação

(Imagem: Link)


Fosse eu poeta, e escrever-vos-ia tanto sobre tantos assuntos, que daríeis por vós enjoados, assolados por reflexos de regurgitação mais frequentes ainda, que as vezes que vos bombardeio com devaneios acerca de tudo e nada: as vicissitudes de vidas desfeitas, tristezas e deprimências, estereótipos de comportamentos depressivos, e mortes. Mortes, mortes, morte...

Não sou.

Assim, sou apenas: o ilusionista, o inventor de estados de espírito, o inconstante, difuso e disperso, contador de estórias. Ou pelo menos, assim me achais, vós que me ledes há tanto tempo, há tempo demais. Vós que nem sequer me conheceis, julgais-me assim, provavelmente. Digam-me, se estou longe da verdade. Façam o favor de se manifestar, o Gravepisser atravessa por estes dias uma espécie de crise existencial-virtual, que em ultima análise, e a não descortinar rapidamente o motivo/solução para este seu estado semi-catatónico-criativo, poderá significar a sua retirada, temporária ou permanente, do cada vez mais complexo mundo da blogosfera.

E assim vos deixo, por agora, apelando ao vosso sentido crítico - socorrei-vos de qualquer um dos meios de contacto que tendes ao vosso dispor, e dizei-me de vossa justiça. Se para tal necessitardes de uma qualquer droga, com a finalidade de "soltar palavras", descansai: é só deixardes-vos levar, pela simplicidade profunda de um som primitivo-contemporâneo, esse mesmo que encontrais aí em baixo, e que para vossa maior comodidade, tive o cuidado de deixar em autoplay.

Obrigado.

3 comentários:

Nana disse...

Sr Gravepisser, não se atreva sequer a retirar-se da blogsfera, temporaria o permanetemente. Nem pense nisso, porque se não a Naninha vai ai dá-le três bardanazios e o sr aprende logo que não se diz isso de deixar a blogsfera. Hum, hum vamos lá a ver "se temos que se chatear"...

Além disso o sr Gravepisser escreve coisas tão lindas, e desde o inicio manteve-se fiel aquilo que sempre foi e sempre escreveu como blogueiro. É normal que passe por alturas menos criativas, mas dai a deixar o blog...

Bruno Fehr disse...

Acho que deves acima de tudo perguntar-te, se retiras da escrita o mesmo prazer que retiravas e se irás sentir falta deste espaço.

Claro que o que eu digo, vale o que vale, visto que por outros motivos terei de abandonar o meu espaço. Mas, neste caso tu podes decidir, só tu.

Anónimo disse...

Talvez sejas um POETA INFORMAL…no fundo expressas por palavras os teus sentimentos (julgo eu), mas sem tantas regras como os poetas “normais”; podes também ser um bom ilusionista e sendo assim não és tu quem se apresenta por detrás das palavras que escreves e o que vejo não passa de uma personagem que criaste apenas para nos confundir e surpreender…para que acreditemos em algo que realmente não existe.

Não te conheço é certo!… e a construção mental que faço de ti não inclui nada de físico (realmente é estranho pensar numa pessoa sem lhe imaginar um rosto) , mas consigo imaginar o que pensas quando leio os “desvaneios” que escreves refugiado por detrás do ecrã do PC, neste mundo virtual que se apresenta sempre tão oculto….

...espero que continues no “complexo mundo da Blogosfera”.

Bjs

Pandora 2009 ( a avaliação é um processo complicado…)