Close (Even More To The...)


(Imagem: Link)


Tão incaracterístico e incomparável como o sabor que fica na boca a seguir ao vómito. É assim que se define a frustração e tristeza profundas que se apoderam da alma, sempre que um qualquer sonho morre, indigno de ser concretizado pelas mãos de quem a vida jamais soube aproveitar.

No fundo, o ódio que desde sempre sentimos por um mundo e uma sociedade que sempre nos rejeitaram, é a base para um insucesso a todos os níveis que, por mais que tentemos, jamais conseguimos ultrapassar.

Existe a natural sede de vingança, mas não tenho no corpo inteiro, ossos suficientes para esmagar, sangue suficiente para afogar os risos de desdém que sempre ouvi. Sustenho, apenas, uma revolta tão grande que era capaz de fazer explodir o planeta, no caso de serem materializáveis os sentimentos maus que dentro de mim habitam... Chamem-me monstro se quiserem, mas é isto que eu sinto.

E não, meus amigos, eu não sou um escritor. Sou apenas um vulgar mortal, capaz de tingir com palavras a brancura de um qualquer fundo branco, salpicando-vos o cérebro com pseudo-relatos de uma vivência insossa e frustrante, como tantas, como poucas...
Admiro essa vossa resistência, a dos poucos que nunca "me" abandonaram nos últimos dois anos, ao longo de um projecto de valor questionável, como é o de um blog nos dias que correm... E por mais que sinta que os nossos (meu e deste espaço) desfechos estejam cada vez mais próximos, jamais esquecerei determinadas palavras, da vossa parte, que pontualmente me fizeram sorrir e impediram que deixasse de escrever.

Por tudo, e por nada... Obrigado.



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