“For to be free is not merely to cast off one’s chains, but to live in a way that respects and enhances the freedom of others.”
Fossem assim todos os homens, e o mundo seria um lugar perfeito... Já que não o é, ao menos que tenha aprendido alguma coisa com o exemplo de um dos maiores seres humanos que algum dia viu nascer.
Sinto falta da velha adrenalina que me escorria dos olhos, e como uma flecha, impelia os meus dedos a massacrar as teclas, resultando em textos que surgiam em segundos para vosso deleite: amálgamas inenarráveis de dor, ódio e revolta, consumidores de almas, reflexos do pesadelo de uma vida em desnorte que vezes demais referi neste blog.
Não me interpreteis mal: tais sentimentos continuam a apoderar-se de mim mais vezes do que aquelas que vos lembrais de abrir o endereço da minha casa virtual...
Mas, por hora, falta discernimento para continuar a juntar as palavras, no fundo, faltam as próprias palavras, elas já não fluem como antes, e assim já não tenho quase nada para vos oferecer, é uma espécie de falência criativa a juntar à económica, e a todas as outras.
Salvem-se as imagens, e os sons... Esses continuam tal e qual como antigamente...
Faltam forças para conseguir deixar de depender do(s) amor(es), falta quiçá a coragem para completar a metamorfose homem-monstro que inevitavelmente ocorrerá aquando dessa transformação, faltam tantas coisas e não falta quase nada...
I'm looking over my shoulder cause millions
will whisper I'm killing myself again
Maybe I'm dying faster but nothing ever last I
remember a night from my past when I was
stabbed in the back and its all coming back
And I feel that pain again...
É o derradeiro desafio do homem frágil que se ergue por entre os escombros dos outros; do homem que respira o mesmo ar dos poucos que ama, e por eles suspira, em sofreguidão, quando se lhe vão embora.
O homem que imaginas vil, sem te aperceberes que é somente... frágil, que se estilhaça como vidro à força de um sopro, se desvanece antes sequer de as lágrimas lhe humedecerem a face, e que acabará por eclipsar-se antes ainda de teres consciência do quanto contribuíste para esse desfecho.
Não nascera um homem cruel, mas era-o agora, com toda a força do seu ser.
Decidira, de uma vez por todas, deixar de ser a vítima, para fazê-las, à insensata razão da brutal força que sentia nos punhos.
Fora tramado demasiadas vezes, mais do que aquelas que um ser humano normal deveria ser obrigado a tolerar, durante um vida inteira... Quanto mais em menos de 30 anos!
Entregará por fim o seu corpo, às derradeiras balas do seu inimigo: a sua mente, a sua jovem e irremediavelmente perdida... Mente.
Há muito que se perdera nas florestas imaginárias do seu próprio mundo. Tentou encontrar a saída, tentou salvar-se, tentou salvá-los a todos!, mas... Todas as escolhas, todas, até à última, foram as piores que algum dia poderia ter tomado.
E foi precisamente essa: a derradeira, a mais louca e improvável de todas as aventuras, que o conduziu à desgraça, e à definitiva constatação do óbvio: ele não fora feito para viver ali...