Do suspiro que alivia o peito a seguir ao choro, nada mais se espera senão a merecida acalmia, depois da tempestade.
Mas não, já deveria saber que tal coisa é impossível, se dos dias que acabam, distorcidos, se não pode extrair a noite, serena, mais do mundo se não pode esperar senão o buraco, lamacento, que haverá de sugar-nos a todos quando do céu tiver caído toda a água, também ela incapaz de lavar a alma dos que sofrem injustamente, finando-se desta forma na terra enegrecida pelo fogo que consome os espíritos errantes de todos os fracos por quem a história não rezou.
Não existe paz na vida dos esquecidos, como não existe bondade nos corações de quem no mundo os abandonou, entregues à cruel sorte dos sapatos e das botas que se encarregam de os pontapear, rebaixando-os à triste condição de suplentes numa equipa de titulares imortais que nunca perdem, impossibilitando-os assim de entrar em jogo, de contribuírem também eles para a herança dos descendentes que ainda ajudarão a criar, por mais que jamais lhe reconheçam tais capacidades.
Foi assim que o mundo foi criado. E sempre assim será, pelo menos enquanto por cá reinar a crueldade dos indignos, a tacanhez dos fartos e o cinismo dos ingratos.
Sonhos? Também os tive... Mas morri antes de os poder concretizar. Lamento... Lamento imenso, mas não conteis comigo. E não me pergunteis porquê, a resposta deixar-vos-ia ainda mais confusos do que aquilo que ficastes, depois dos anteriores parágrafos, e eu não quero ser responsável por nós na cabeça de mais ninguém, além das pessoas estrita e lamentavelmente necessárias...
Peace.
Mas não, já deveria saber que tal coisa é impossível, se dos dias que acabam, distorcidos, se não pode extrair a noite, serena, mais do mundo se não pode esperar senão o buraco, lamacento, que haverá de sugar-nos a todos quando do céu tiver caído toda a água, também ela incapaz de lavar a alma dos que sofrem injustamente, finando-se desta forma na terra enegrecida pelo fogo que consome os espíritos errantes de todos os fracos por quem a história não rezou.
Não existe paz na vida dos esquecidos, como não existe bondade nos corações de quem no mundo os abandonou, entregues à cruel sorte dos sapatos e das botas que se encarregam de os pontapear, rebaixando-os à triste condição de suplentes numa equipa de titulares imortais que nunca perdem, impossibilitando-os assim de entrar em jogo, de contribuírem também eles para a herança dos descendentes que ainda ajudarão a criar, por mais que jamais lhe reconheçam tais capacidades.
Foi assim que o mundo foi criado. E sempre assim será, pelo menos enquanto por cá reinar a crueldade dos indignos, a tacanhez dos fartos e o cinismo dos ingratos.
Sonhos? Também os tive... Mas morri antes de os poder concretizar. Lamento... Lamento imenso, mas não conteis comigo. E não me pergunteis porquê, a resposta deixar-vos-ia ainda mais confusos do que aquilo que ficastes, depois dos anteriores parágrafos, e eu não quero ser responsável por nós na cabeça de mais ninguém, além das pessoas estrita e lamentavelmente necessárias...
Peace.
1 comentário:
Gostei do texto, profundo e intenso...
Quanto à capacidade de sonhar, não é para todos Gravepisser, mas ainda assim, não acredito que tenhas perdido a capacidade de sonhar.Hehehe sou do contra.
Beijos
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