Inópia - quase inominável, aquela (sobre)vivência a que os seus mais queridos teimam em chamar "falta de vontade de mudar".
Mudar, mudar... Diz o dicionário que significa "dispor de outro modo". E eu questiono-me, amigos meus, de que outro modo é que eu hei-de dispor esta minha perpétua indisposição, como é que eu hei-de terminar o projecto que me atribuíram à partida, há vinte e tal anos atrás.
Ventos de mudança há muito que não sopram por aqui... Dos tempos em que por eles fui brindado, não restam senão mágoas e arrependimentos, pelas escolhas erradas que fiz, uma e outra vez... E se me dizem que nunca é tarde para recomeçar, eu pergunto-vos: PARA QUÊ?
Se em tantas hipóteses, nunca nenhuma aproveitei, porque seria diferente no futuro?
... Então, silêncio... Olham para mim com olhos tristes, os mesmos olhos conformados do médico que declara, impotente, a hora da morte do enfermo, depois de goradas as tentativas de o reanimar...
E eu rio, quando a vontade é chorar, e peço-lhes para se esquecerem de mim e seguírem em frente... Por mais egoísta que isso possa soar... E por mais que vos custe a acreditar, era esse o meu maior desejo... Apagar das vossas mentes a memória da minha existência, para que pudesse finalmente partir, sem remorsos, rumo à minha libertação final... ... ...
Mudar, mudar... Diz o dicionário que significa "dispor de outro modo". E eu questiono-me, amigos meus, de que outro modo é que eu hei-de dispor esta minha perpétua indisposição, como é que eu hei-de terminar o projecto que me atribuíram à partida, há vinte e tal anos atrás.
Ventos de mudança há muito que não sopram por aqui... Dos tempos em que por eles fui brindado, não restam senão mágoas e arrependimentos, pelas escolhas erradas que fiz, uma e outra vez... E se me dizem que nunca é tarde para recomeçar, eu pergunto-vos: PARA QUÊ?
Se em tantas hipóteses, nunca nenhuma aproveitei, porque seria diferente no futuro?
... Então, silêncio... Olham para mim com olhos tristes, os mesmos olhos conformados do médico que declara, impotente, a hora da morte do enfermo, depois de goradas as tentativas de o reanimar...
E eu rio, quando a vontade é chorar, e peço-lhes para se esquecerem de mim e seguírem em frente... Por mais egoísta que isso possa soar... E por mais que vos custe a acreditar, era esse o meu maior desejo... Apagar das vossas mentes a memória da minha existência, para que pudesse finalmente partir, sem remorsos, rumo à minha libertação final... ... ...
3 comentários:
O derradeiro estágio da negação é a auto-destruição. O que seria bem mais fácil, não fossem os dias que nos trespassam nos destruirem já aos poucos. E no final, como tão perfeitamente referes, será a nossa única vontade a impossibilidade de mudar. Pois parece-me que ainda existem maneiras de sentir que nunca serão solitárias.
Mudar o que?mudar para que?mudar para onde?
a primeira mudança é a aceitaçao de nós proprios
ama-te e já mudaste
enquanto te amo mudo-me em ti
enquanto me amo mudo-me em mim
é dentro de ti que mora o que sempre procuraste
Soul of Storms
Se eu pudesse dar-te o sol e iluminar-te as trevas... utopia é deixá-las avançar... serenidade é saber que a luz existe sempre, mesmo na sua ausência...e tu podes agarrá-la e servir-te dela como guia...
Serei sempre aquela tua amiga que nem sabe como te há-de ajudar....
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