(Imagem: Link)
Enfeitamos as mentes e os corações com promessas imaginárias que teimamos em manter vivas,
mas estamos mortos há tempo demais, já nos esquecemos do que significa a felicidade,
dela já não sabemos extrair sorrisos que cheguem para continuar a enganar os tolos,
de nós nada resta senão meia dúzia de rabiscos num muro qualquer, votado ao abandono,
às intempéries, à solidão...
Que queremos, agora que por entre as frestas de uma casa em ruínas mais não espreitam senão as mágoas de um passado de tormentos,
a dor persistente das traições,
o vazio de um amor que nunca nos permitimos viver?
A vã esperança de um futuro sem projecto, sem alicerces,
ou um gesto de ternura que nos relembre: "you matter"?
ou um gesto de ternura que nos relembre: "you matter"?
Sei lá eu, talvez tu saibas, mas não posso de forma alguma pergunta-to.
Talvez no dia em que te apercebas de que certos caminhos só podem ser percorridos a dois,
e que essa metade que te falta sempre esteve aqui, à tua espera,
a espreitar,
(por entre as frestas das janelas dessa casa onde nunca entraste, por mais que soubesses onde se encontrava)
de braços abertos, inocentes, sonhadores...
Maybe then, I'll still be here.
With my distorted sights... Alone and benighted by my frights...