(Imagem: Aqui)
Precoce. O Inverno da vida, quando nem sequer o Outono deveria pairar no horizonte mais próximo, mas o coração
e os sonhos...
Tolhidos à nascença, que nem alhos semeados fora de época. Às vezes penso nisso, acho que fui semeado muito aquém (ou terá sido além?) de um tempo que jamais serviu para apaziguar o que quer que fosse.
"O tempo cura tudo"...
Mais vezes me insurgi contra a veracidade de tal afirmação, do que aquelas em que ela me fez algum sentido.
Não cura coisa nenhuma, o tempo só intensifica a dor. Prolonga as mágoas, perpetua os arrependimentos, condena-nos a um purgatório real, muito mais cruel e doloroso do que o (fictício) que espera os "pecadores", segundo as principais religiões.
E a saudade...
E a saudade...
Gostava de encontrar uma forma de mudar o tempo. Se não o tempo, o meu tempo. Gostava de viver um só dia de felicidade genuína, de chegar à noite e não ter medo de dormir,
porque os pesadelos...
Gostava de voltar atrás e ter-te agarrado o braço, virado para mim e dito: desculpa-me por tudo, sou uma besta. Mas o amor que sinto por ti jamais se extinguirá, por mais anos que viva...
Por mais tempo que passe.
Por mais tempo que passe.
Não o disse e tu, claro, não podias adivinhar. Mataste o teu mas esqueceste-te de me dizer como matar o meu.
Amor.
Dois anos passaram, e ainda não faço ideia de como matar este amor,
amor...
amor...
E a cada dia que passa, mais pesada a respiração, mais longas as noites sem dormir, maior a apatia nos estados de consciência, e o medo...
De acordar novamente e saber-te perdida para sempre, e não saber como te encontrar, ou viver sem ti, de
já ter morrido sem dar por isso. Acho que não há nada pior... E se houver...
De certeza que já por lá passei e não dei conta.
De certeza que já por lá passei e não dei conta.
One last goodbye?