Nada de novo, por ali: os mesmo rostos velhos e desprovidos de expressão, espremidos e secos por força da(s) crise(s) e da ausência de felicidade; os mesmos lugares, cada vez mais vazios e também eles envelhecidos pela falta de cuidados, e sorrisos.
Deixamos de sorrir, e quando damos por nós, fazemos parte da mobília: de estatísticas deprimentes, somos o alimento perfeito para tubarões covardes que se aproveitam da fraqueza alheia para encher a pança; somos meros bonecos de trapos, bolorentos e rotos, espezinhados e atirados aos lobos, sem qualquer tipo de pejo.
Mas... Já nem eles nos querem.
Pouco a pouco, expropriam-se de tudo: do dinheiro, da nossa língua, da nossa dignidade...
E nós? Deixa-mo-nos morrer. Deixa-mo-los matar-nos, quais cordeirinhos assustados com medo do papão... "Seja o que deus quiser...", e outras baboseiras que tais.
O povo tem o que merece, e depois queixa-se da sorte. Deixaram-se enredar na podridão de uma teia com várias décadas de construção, e agora vão-se embora... Que remédio!
Cada vez faz mais sentido, o título deste blog... Não falo só por mim. A doença alastrou a níveis impensáveis, seremos enforcados com a corda que deveria servir para nos puxar do buraco, e a esperança de que assim não seja é cada vez mais ténue e distante...
Descansemos, pois, todos em paz. Ámãe. (E ao pai também)...
2 comentários:
:)
E o pensamento posivito onde anda?
Onde está o sorriso que nos arrancam por algo desprovido de valor monetário, mas carregado de valor sentimental, que dá vida aos rostos desprovidos de emoção? Onde está a noção de que por mais coisas que nos expropriem nunca serão capazes de tirar aquilo que existe dentro de nós?
Com cada doença vem a cura, em último caso vem a morte mas ainda assim esta é colmatada com um nascimento. Todos os fins são um recomeço :P
Vivemos,pois! :)
Man, ânimo nisso que assim tb deprimo... mais...
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