Miserable Bliss

(Imagem: Link)


Não sei ao certo se, provém do nauseabundo odor a ausências, tal sensação. Descrevo-me apenas como: sem sentido.

Perco-me demasiadas vezes, nos meandros de nenhures; estou já demasiado embrenhado, neste marasmo de ideias; não conseguirei soltar-me jamais, destas amarras invisíveis que me prendem à loucura.

Consumo-me tão fugazmente como a mortalha de um cigarro, feito à pressa e sem jeito, no bulício descoordenado a que a ausência de nicotina obriga... Quero travar uma vez mais, mas quais pulmões?

Este sufoco,

cianótico

vai conduzir-me ao a um destino intragável, inevitável, incontornável.

Reinventei-me vezes demais; por hora contemplo a quietude do meu corpo inerte, condenado à eterna solidão nos poucos dias que lhe restam... E, mudo, assisto ao final dos tempos, qual visionário cego (de utopias inexequíveis), idiota...

Não fui feito para este mundo...

E ele não foi feito para mim.

2 comentários:

Nana disse...

Mas o senhor Campas não fuma...

Brown Eyes disse...

O não ser feito para este mundo nem este mingo para ele não significa que esteja louco mas sim demasiado lúcido.