Fog

(Imagem: Link)


Se é conhecido de antemão, o destino para o qual nos dirigimos, porque nos sentimos perdidos sempre que à noite, o nevoeiro?

Temos as almas demasiado torturadas, para que do misticismo próprio do fenómeno atmosférico, consigamos retirar mais do que um punhado de melancólicas recordações, que à mistura com vãos vislumbres de melhores futuros, nos toldam o cérebro mais que a visão, à noite.

Ela fala comigo, e eu quase não a ouço... Tenho os ouvidos demasiado cheios de nada.

Não posso deixar, contudo, de sonhar, como ela... Sabem sempre bem, aquelas pausas momentâneas, na negritude do ser; tudo o que nos separa, se prende por um detalhe tão pequeno, como a expressão do tempo...

E se um dia, a felicidade se sobrepuser à efemeridade de momentos felizes, como aqueles que temos vivido? Existirá vida, para além deste sufoco?

Será...?

3 comentários:

Nana disse...

Sr. Campinhas, e começar a escrever para uma revista ou coisa do genero, não??

Catsone disse...

Friend, acho que sei para onde vou quando esta efémera passagem se finar. No entanto, todo o caminho é nebuloso e vamos tateando o caminho que está cada vez mais denso.
Abraço.

Fabiana disse...

espero que exista, caso contrário, nesse ponto que chegamos, nem sei se fará muita diferença. mórbida esperança apática.