Fosse eu poeta, e escrever-vos-ia tanto sobre tantos assuntos, que daríeis por vós enjoados, assolados por reflexos de regurgitação mais frequentes ainda, que as vezes que vos bombardeio com devaneios acerca de tudo e nada: as vicissitudes de vidas desfeitas, tristezas e deprimências, estereótipos de comportamentos depressivos, e mortes. Mortes, mortes, morte...
Não sou.
Assim, sou apenas: o ilusionista, o inventor de estados de espírito, o inconstante, difuso e disperso, contador de estórias. Ou pelo menos, assim me achais, vós que me ledes há tanto tempo, há tempo demais. Vós que nem sequer me conheceis, julgais-me assim, provavelmente. Digam-me, se estou longe da verdade. Façam o favor de se manifestar, o Gravepisser atravessa por estes dias uma espécie de crise existencial-virtual, que em ultima análise, e a não descortinar rapidamente o motivo/solução para este seu estado semi-catatónico-criativo, poderá significar a sua retirada, temporária ou permanente, do cada vez mais complexo mundo da blogosfera.
E assim vos deixo, por agora, apelando ao vosso sentido crítico - socorrei-vos de qualquer um dos meios de contacto que tendes ao vosso dispor, e dizei-me de vossa justiça. Se para tal necessitardes de uma qualquer droga, com a finalidade de "soltar palavras", descansai: é só deixardes-vos levar, pela simplicidade profunda de um som primitivo-contemporâneo, esse mesmo que encontrais aí em baixo, e que para vossa maior comodidade, tive o cuidado de deixar em autoplay.
Obrigado.