(Imagem: Link)
Se tudo o que poderia ter sido mais não for que um loop contínuo de permanentes desilusões, polvilhadas quase sempre com os mesmos temperos (a dor inqualificável e persistente, as lágrimas que teimamos esconder, as promessas vãs que nunca chegam a materializar-se)... Então que andamos aqui a fazer?
Será que chega a ser verdadeiramente nossa, a vida que teimamos em viver pelos outros?
"Para não te desiludir, para não te levar comigo"...
Seremos verdadeiramente livres, se esta maldita consciência nos prende a uma vida e a um mundo que já não desejamos viver, ou conhecer?
Tenho tentado erguer barreiras suficientemente altas para que os que teimam em tentar escalá-las escorreguem algures no caminho e desistam dos seus intentos... Mas parece que muro algum será capaz de conter quem se move por amor. E por mais que eu queira fugir... Não consigo, sinto-me encurralado e incapaz de me libertar,
e eu preciso de fugir, necessito de abrir os braços e saltar por fim,
sabendo de antemão que, qualquer que seja o sítio onde aterre, será melhor do que tudo aquilo que algum dia senti,
sabendo de antemão que qualquer morte será melhor do que a vida que jamais vivi...