Goodnight

Now that I
Face the world with pain inside
Strange but I
Can't understand the reasons why.
Forever is
A word that I cannot describe
That Died the time we said goodnight.
It makes no difference, wrong or right
The time has come to say goodnight.
And how could I
Be so sure but be so wrong?
And how could I?
Have a will so weak with a mind so strong?
And Only I
Can tell the difference right or wrong.
It makes no difference, wrong or right
The time has come to say goodnight.
It makes no difference, wrong or right
I guess it's best we say goodnight...


[Dry Kill Logic]

FIM

Aproxima-se, finalmente. A uma velocidade tal, que consigo cheirá-lo, senti-lo cada vez mais próximo de mim, o tal FIM. O derradeiro capítulo de uma história que nunca deveria ter sido escrita, quanto mais narrada ou publicada, exposta a um mundo que nunca a soube ler, um mundo que nunca compreendeu a verdadeira razão da sua existência.

Eis que exponho então perante os vossos olhos, um resumo da mesma. Sem nada a perder ou ganhar, abro o meu coração a quem o quiser auscultar, através destas simples palavras que de uma forma simplista, vos ajudarão a perceber o porquê de, um dia, em que na vossa barra de endereços digitarem este, um mês, um ano, uma vida se passará sem que algum dia voltem a ler um novo post deste ser que em breve estará, possivelmente, melhor que todos vós...

Durante a minha existência de pouco mais de vinte anos, nunca fui realmente feliz. Razões são muitas, demasiadas. Da instabilidade emocional provocada por factores tão diversos, como a inexistência de estabilidade dentro de casa, ou o facto de em criança sempre ter sido o gordo caixa d'óculos lá do sítio, aquele com quem todos gozavam e de quem ninguém queria ser amigo... ficaria aqui a escrever indefinidamente. O que porventura seria uma fase passageira, prolongou-se pela adolescência, que diga-se, nunca cheguei a ter.

Nunca fui pessoa de lutar muito por objectivos. Das poucas vezes que o fiz com convicção, saí derrotado, uma e outra vez... Exemplos? Na escola - uma simples disciplina fez com que o único sonho de infância que restava se desvanecesse, o tal diploma final tão ambicionado não chegou a ser impresso, jamais.
No capítulo sentimental - o descalabro foi tão monumental como o resto da história. Da menina que queria ser freira, passando pela dama de ferro de Cascais, pela prima... e acabando na Única. E foi aí, na Última, que tudo se decidiu. Foram tempos conturbados que puseram em evidência as minhas fragilidades mais gritantes, a minha força mais adormecida, a minha resistência, a minha "parte" boa, a minha parte má... Bem analisadas as coisas foram os melhores tempos da minha vida, aqueles oito meses. No entanto, o meu processo de auto-destruição já estava em marcha há muito, e as coisas saíram fora do meu/nosso controlo.Foi com naturalidade que o sonho se desmoronou, tão depressa como tinha sido construído...
A partir daí, nada mais fez sentido, nada mais funcionou... Depois daquela noite, cada dia que passou mais pareceu um ano, um pesadelo do qual não é possível acordar...
Acreditei, confesso, que iria conseguir superar, uma vez mais, tão forte "tempestade"... Mas já não foi possível... O cérebro já não era capaz de responder à chamada.

Lamento imenso tudo o que fui e sou, por todas as pessoas que amo e fiz sofrer. Elas sabem do que estou a falar. Arrepender-me-ei para sempre das escolhas erradas que fiz... E assumo aqui perante todos a minha responsabilidade, única, por todas elas. Que ninguém se sinta, alguma vez, responsável por o que quer que seja. Tudo o que fiz, farei, é apenas da minha responsabilidade exclusiva.

À minha mãe, minha única e verdadeira amiga, que sempre fez tudo o que esteve ao seu alcance para que eu pudesse ser feliz e ter uma boa vida, o meu eterno agradecimento. Por ser a pessoa maravilhosa que é, por ser a pessoa mais forte que conheço, por existir, apenas. Nunca vou deixar de te amar, onde quer que esteja...

À minha avó, que ajudou a criar-me, e cujo amor incondicional não tem fim, o meu agradecimento mais que sincero, verdadeiro.

E à Única, a promessa de amor eterno, e o meu muito obrigado pela paciência que teve comigo durante aqueles tempos... Tu sabes ao que me refiro... Para ti, um pequeno poema que diz quase tudo...

"I wish you were my eternal
Star so bright in the sky
Purple flower of mine
Wishes, yet so forgotten...

Harmony, yet so forgotten...

Whisper silence as you cry
Dreams of hatred so divine
Dying, is goddamn light..."

E assim termino este pequeno desabafo, em forma de agradecimento final. Não excluo a possibilidade voltar a publicar o que quer que seja, até ao final do ano. Se tal acontecer, o presente post deve ser interpretado como o último, o derradeiro deste espaço. Porém, se este for mesmo o último, desde já o meu mais sincero obrigado a todos, pelo tempo despendido na leitura destas missivas, tão inúteis como a minha própria existência.

Obrigado

Esquecimento...

(forgotten, by TwoOfHearts, deviantart.com)


Sinto-me inexplicavelmente arrasado, hoje. Uma tristeza profunda, sem razão aparente... É grande o esforço que tenho feito ao longo do dia, para me manter fora da cama. Em concreto, não posso dizer-vos o que se passa dentro deste cérebro em ruínas, pois os sentimentos, esse defeito de fabrico do ser humano, não podem ser explicados.

A vida já não me sabe bem. É quase um estado catatónico, aquele em que me deixei mergulhar, numa atitude de total apatia em relação a tudo (e todos) os que me rodeiam... E a mim próprio. Com o passar do tempo, tudo se vai desvanecendo e perdendo o pouco sentido (positivo) que ainda lhe poderia atribuir... Pequenos prazeres da vida, como tomar um café, cumprimentar um(a) amigo(a) ou ouvir aquela música de sempre, deixam, cada vez mais, de o ser... Prazeres.

A minha postura perante os outros já levou alguns a repararem, "não és o mesmo"... Presumo que isso seja positivo, pois custar-lhes-à menos, no dia em que a minha sombra deixar de pairar sobre as suas existências. O facto de não o fazer propositadamente, é para mim mais um claro sinal do óbvio, apenas mais uma etapa no longo caminho que cada vez se aproxima mais do seu inevitável desfecho.

[What I was looking for, as expected, isn't something I can have... From now on, I'll never look again (for something which can't be found). Anymore...]

Confiança

Em mais uma daquelas incursões inúteis por sítios de ninguém, deu consigo a pensar (de novo). Mais instável a cada dia que passa, já nada o convence, e tenta procurar em todas as coisas uma explicação tão racional quanto possível. É então que lhe surge esta dúvida: Confiança. O que é, afinal, a confiança?

Um dia, acabado de chegar ao Buraco, olhou em frente, e viu o seu reflexo numa velha máquina de jogos arcade, desligada. Engoliu em seco e conteve-se, para não gritar. Aquilo que ali via não era ele... Aquele não era o indivíduo que um dia teve o sonho de ser alguém... Não era uma pessoa, porque as pessoas vivem. Era antes, um reflexo apagado, uma sombra de algo cuja chama vital se apagou, uma vela que ardeu até ao fim, restando dela apenas a cera queimada na base do castiçal... E foi-se embora.

Destruído uma vez mais, isolou-se (mais uma vez) no seu canto. Lá, esperava por si aquela que traria a resposta para a dúvida que lhe assolou a mente, ao inicio da noite. A tal Confiança...
Dona de uma mente tão pura que parece retirada de um filme infantil, com a sua simplicidade gritante, sorriu para si e os olhos, os tais "espelhos da alma", confortaram-no como se de repente, toda a sua (in)existência passasse a ter sentido.

A suas palavras impediam-no de adormecer, tal o impacto que tiveram em si. Sorriu, sem querer, algo que não acontecia há muito. Acreditou nela, por fim. CONFIOU nela... Porque, contra todas as probabilidades, ela CONFIOU em si...

Duas horas depois, tinha finalmente definido um conceito para a tal palavra.. Haverá mais, indubitavelmente. Mas para si, nesse caso concreto, bastou-lhe aquele. Prometeu não o partilhar com mais ninguém (seria apenas deles). E adormeceu...


Este é um post dedicado a alguém especial. Essa pessoa sabe que é só seu, o texto.

Abismo

(end of the line, by Rio Bravo, deviantart.com)



É como um veneno sem qualidade, aquilo que o vai matando. Misterioso, sem dúvida. Às vezes sente uma dor tão forte que pensa ter chegado o momento.. Da morte física, bem entendido. Mas não, falso alarme, uma vez mais. Aquela inexistência sem sabor, teima em prolongar-se indefinidamente. Cada vez mais enfraquecida, é certo, mas subsiste. Baseia-se porventura, nas (cada vez menos) efusivas demonstrações de afecto (de cada vez menos pessoas) e, ainda, nas (cada vez mais) ténues esperanças (de renascer).

Uma vez mais, isola-se do mundo, no seu pequeno e sombrio espaço. Toma consciência daquilo que foi um dia, daquilo que é, e daquilo que jamais será. Ali, percebe que a tal morte (espiritual) já tomou conta de si, há muito. Então, cerra os dentes, querendo gritar e não conseguindo, e sente de si próprio uma raiva indescritível, por ter deixado as coisas chegarem a um ponto sem retorno... Como foi possível? Certamente não foi o único culpado, haverá mais pessoas que têm a sua quota parte, mas é o principal, ele.

Ele sabe que o abismo se apresentará (uma vez mais) ante si, mais tarde ou mais cedo. A sua única dúvida consiste em saber se se deixará ir, dessa vez, rumo à libertação final. É esse o seu desejo, no fundo, sabe que é a sua única saída. No entanto, só nesse dia do fim (derradeiro) saberá se o único motivo que ainda o mantém neste mundo continuará, ou não, a ser suficientemente forte para o impedir de dar o último passo...

Free Fallin'

Cego. Por ter visto demasiadamente pouco durante a sua curta inexistência. E surdo, tão surdo que é incapaz de ouvir as suplicas, que uma e outra vez, alguém teima em gritar-lhe. Ele lá caminha, em círculos, sem rumo. É assim que se sente bem, na sua incomensurável vontade de ser ninguém. Ou, na sua tremenda ingenuidade. Ingénuo quando um dia pensou que o mundo era perfeito, que um dia realizaria todos os seus sonhos, todas as suas fantasias e desejos mais singelos. POIS ABRIU OS OLHOS! À força, e assim, cegou. Quando percebeu que afinal, tudo não passava de uma utopia, um sonho que um dia teve e do qual o acordaram com um grito tão alto, que ensurdeceu...

Caiu, então, numa nova realidade. Um mundo de dor insuportável, onde os dias duram anos, onde não existe bondade, inocência ou complacência. Nem compreensão, nem honestidade, nem beleza... Só trevas, ruínas, cinzas. Afinal foi para isto que nasceu, para se arrastar penosamente pelo caminho mais difícil que, no fundo, foi ele próprio que escolheu.

Nestes dias do fim, ele enlouquece. Mas, sempre com um sorriso nos lábios. De tal forma, que ninguém se apercebe do que está a acontecer. Aquele mundo é só seu, para sempre. É assim há quatro meses.........

Madness...

(I wish I, by p0m, deviantart.com)


Saudade. Do tempo em que o próprio tempo fazia sentido... De quando um sorriso bastava para que a mais longa das esperas tivesse feito sentido. De quando as horas nunca passavam na tua ausência, e de quando as mesmas horas passavam a voar, quando estavas comigo. Saudade da tua voz, do teu olhar mágico e do teu toque, dos teus passos, dos teus lábios e das tuas lágrimas. Saudades de ti, tuas, só tuas. Das profundezas do teu espírito que absorveu o meu e o aprisionou algures num lugar que já não existe, e lá ficou, para sempre...
Com o aproximar do tempo frio, as recordações enlouquecem-me... Tudo volta por instantes, como se tivesse passado apenas um segundo... E choro. O mais incontrolável de todos os sofrimentos, como ninguém poderá, nunca, imaginar. Sozinho... Como sempre. Como nunca deixei de estar, mesmo quando estava contigo e me perguntavas o que tinha e eu não respondia... Sozinho.

Nestes dias do fim, de costas voltadas para o mundo, deixo que a loucura se apodere de mim. Esperançado que esse mesmo fim se apresente (ante mim) o mais rapidamente possível... O FIM.